
Séculos atrás, quando os lobos formavam numerosas alcateias nas florestas da Europa, eram frequentes os ataques a seres humanos.
Os que sobreviviam levavam consigo a marca do lobo, ou lúpus, manchas vermelhas pelo corpo.
Hoje, lúpus é o nome de uma doença que intriga os médicos, pois é o ataque do corpo contra si mesmo, uma desordem denominada auto-imune. Neste artigo falaremos O que é Lúpus e quais seus Tratamentos e sintomas.
Que é lúpus? Como se manifesta?
É uma doença inflamatória sistêmica, de caráter auto-imune, isto é, em que nosso sistema imunitário investe contra o próprio corpo.
Exibe períodos de exacerbação (ataque) e remissão (melhora). E, sem dúvida, expressão de profunda desordem.
Há dois tipos básicos de lúpus: Aquele que se restringe à pele e o que ataca também outros órgãos: rins, encéfalo, articulações, pulmões, coração, ouvido interno etc. A gravidade e a abrangência do lúpus variam de caso para caso.
Alguns pacientes sofrem comprometimento renal, enquanto outros não apresentam acometimento renal importante, mas têm os pulmões comprometidos, e assim por diante. Alguns estudiosos incluem o lúpus entre as doenças reumáticas.
Sintomas
Na pele, se manifesta com erupção avermelhada, pruriginosa (que coça), em placas semelhantes a escamas, que no rosto lembram o formato de uma borboleta: Afeta as maçãs do rosto e a ponta do nariz. Quando uma lesão melhora, aparece outra.
Ao atingir o lúpus outros órgãos, as manifestações variam consideravelmente.
Podem surgir os mais diferentes sintomas, como:
- dor articular muito for te (na artrite)
- febre
- sensação de cansaço
- aumento dos gânglios
- queda de cabelo
- aumento da sensibilidade à luz
- dores de cabeça
- inchação do baço e do fígado
- acúmulo de líquidos nas membranas que envolvem o pulmão
- o coração e o abdome
- alterações na urina (perda de sangue e proteínas)
- distúrbios nervosos (alterações de conduta, convulsões etc.) e as alterações de pele já descritas.
E claro, não se manifestarão todos esses sintomas. Tudo dependerá da região atingida e da gravidade do acometimento.
Entre as complicações possíveis, que dependem do grau de comprometimento de determinado órgão e das condições individuais do paciente, podemos destacar vasculites, deformações articulares, insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca e insuficiência renal.
Causas
As causas são desconhecidas pela Medicina oficial.
Mas sabe-se que o lúpus pode ser desencadeado por crise emocional, exposição excessiva ao sol, certos medicamentos (como anticoncepcionais orais, hidralazina, procainamida, hipo tensores, anticonvulsivantes, antibióticos etc.), gravidez. E dez vezes mais comum entre mulheres.
Podemos comparar as doenças auto-imunes, como o lúpus, à atividade de um grande e poderoso exército, controlado por sofisticadíssimo comando central, dotado de supercomputadores.
Tudo funciona harmoniosamente, até o momento em que um “elemento estranho” interfere no sistema, truncando a comunicação. Instala-se grande confusão.
Tropas do mesmo exército se estranham e começa o auto-ataque. Derrubam-se aviões “amigos” que passam por “inimigos”, atira-se contra colegas de armas, e assim por diante.
O “elemento estranho”, que estragou tudo, é interpretado pela Medicina natural como o afastamento do modo ideal de vida, a violação das leis biológicas. Só o respeito a essas leis “promove a paz” na interação homem-meio ambiente.
Em outras palavras, garante a saúde. Em dado momento, decreta-se “calamidade” em algum sistema do corpo, por “estafa funcional”, deflagrando-se a desordem.
Se é o sistema imunitário que se cansa, muita coisa pode acontecer. Em pessoas suscetíveis, a reação pode vir na forma de lúpus.
Os naturistas culpam tudo o que de algum modo possa contribuir para desestabilizar as defesas do corpo: má alimentação, vícios, uso e abuso de remédios, vida sedentário, estresse emocional etc.
Tratamento convencional
A Medicina oficial emprega medicamentos como os anti-inflamatórios esteroides e os não-esteroides, os antimaláricos, unidos a medicamentos citotóxicos, e os imunossupressores (como a ciclofosfamida, a azatioprina e o cIorambucil).
Os tratamentos alopáticos envolvem efeitos adversos variáveis, requerendo acompanhamento médico contínuo.
Apoio psíquico para o doente
Considerando a importância do equilíbrio emocional na prevenção das crises, o paciente deve ser ajudado a não perder o ânimo.
Pesquisas revelam que a atitude mental afeta as perspectivas da doença. Recomendam-se duos coisas fundamentais:
1. Relaxar. Viver tenso e ansioso trava os músculos, aumenta as dores e complica o quadro. Sugestões naturais para relaxar:
Medicamentos fitoterápicos à base de maracujá, camomila, mulungu; mel com pólen, água de melissa (trinta gotas em um pouquinho de água quatro vezes ao dia), exercícios respiratórios e banhos de imersão mornos. Sugerem-se duas ou três colherinhas de mel com pólen ao dia.
2. Não se apressar. Nos dias em que se sentem melhores, os pacientes lúpicos tentam, à vezes, compensar os atrasos, trabalhando exaustivamente. Mas isso só aumenta o cansaço. E preciso programar um pouco de tarefa para cada dia.
Deve-se adotar dieta nutritiva saudável e tônica do sistema imunitário. Abolir açúcar, fast food, guloseimas, frituras, produtos refinados, maionese gordurosa, carnes gordas etc. Diminuir o consumo de produtos industrializados em geral.
Pesquisas sugerem que alimentos da família da erva-moura podem fazer mal para os pacientes com certas doenças auto-imunes.
Observe se no seu caso a batata, o tomate, a berinjela e as pimentas não estão fazendo mal. Também devem ser evitados laticínios, como queijo, manteiga e creme. A dieta variará conforme o tipo de lúpus. Consultar um especialista.
• Recomendam-se reforços de vitamina C, E, selênio e complexo B para combater radicais livres e estabilizar as defesas.
Especialmente quem usa, ou já usou, grande quantidade de aspirina deve suplementar sua dieta com vitamina C.
Entre as frutas ricas nessa vitamina, estão o kiwi, a acerola e os cítricos. Podem-se fazer refeições exclusivas dessas frutas, e tomar água com limão várias vezes ao dia.
• O cálcio associado ao magnésio e à vitamina D revelou-se particularmente benéfico na fragilidade óssea (osteopenia), provocada pelo uso de anti-inflamatórios esteroides. Sugere-se o uso de dolomita.
• A vitamina E, antioxidante natural, é particularmente indicada às pessoas de estilo de vida insalubre (sedentárias, de maus hábitos dietéticos, fumantes, etc.), em cujo organismo proliferam-se radicais livres.
Recomenda-se usualmente dose entre 200 e 800 UI diárias, que deve ser estabelecida por um especialista.
• O óleo de linhaça, rico em ácido graxa ômega 3, exibe ação anti-inflamatória. A dose usual é de 3g diários (disponível em cápsulas, em casas de produtos naturais).
• O vinagre de maçã ajuda a normalizar a assimilação de cálcio. Uma colherinha em um pouco de água, três vezes ao dia, um pouco antes das refeições.
• O uso de suplementos vitamínicos variará em função do tipo de lúpus. Consultar sempre um especialista.
Nesse artigo falamos O que é Lúpus e quais seus Tratamentos e sintomas.
Imagem- diariodebiologia.com
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